SUMÁRIO

Página

AGRADECIMENTOS...................................................................................................... 3

RESUMO........................................................................................................................... 4

ABSTRACT....................................................................................................................... 5

LISTA DE FIGURAS ....................................................................................................... 6

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................. .... 10

2 OBJETIVOS.......................................................................................................... ....... 11

3 JUSTIFICATIVA............................................................................................................ 12

4 METODOLOGIA............................................................................................................ 13

5 DESENVOLVIMENTO DO TEMA: A SUSTENTABILIDADE NA

ARQUITETURA DE INTERIORES............................................................................ 15

5.1 ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS NA ARQUITETURA BRASILEIRA NA

ESCOLA CARIOCA E NA OBRA DE SEVERIANO PORTO .................................. 15

5.2 A LINGUAGEM CONTEMPORANEA DA ARQUITETURA SUSTENTAVEL .... 20

5.2.1 Considerações Fundamentais para a Construção Sustentavel....................... 21

5.3 ASPECTOS GERAIS IMPORTANTES E MATERIAIS ..........................................22

5.3.1 Sustentabilidade no âmbito da Construção Civil................................................. 22

5.3.2 Alguns materiais e Técnicas para Construção.................................................... 23

5.3.3 No âmbito da arquitetura e Design de Interiores..................................................29

5.3.4 O Ecodesign........................................................................................................30

5.3.5 Alguns materiais e técnicas para serem aplicados na

arquitetura de interiores............................................................................................... 33

5.4 PAISAGEM SUSTENTÁVEL...................................................................................41

5.4.1 Composteira.........................................................................................................43

5.4.2 Terraço Jardim e Telhado Verde.....................................................................44

5.5 CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS........................................................................48

5.5.1 CERTIFICAÇÃO LEED....................................................................................48

5.5.2 CERTICAÇÃO AQUA......................................................................................49

5.6 PROPOSTA DE REFORMA SUSTENTÁVEL....................................................50

5.6.1 Planta Baixa térreo ..........................................................................................51

5.6.2 Planta baixa Segundo pavimento....................................................................52

5.6.3 Planta baixa térreo com especificações..........................................................53

5.6.4 Planta Baixa segundo pavimento com especificações ...................................54

5.6.5 Vista aérea com especificações.......................................................................54

6 CONCLUSÕES......................................................................................................57

7 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................... 60

1. INTRODUÇÃO:

O termo sustentabilidade consiste em prover o melhor para as pessoas e para o ambiente, tanto agora como para um futuro indefinido, suprindo as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras em suprir as suas ( Relatório de BRUNTLAND, 1987).

A definição de sustentabilidade vem evoluindo ao longo dos anos e encontros mundiais, e envolve todos os recursos relacionados com o desenvolvimento das atividades humanas.

A questão ambiental vem sendo extremamente debatida em todo o mundo e os sinais do crescente aquecimento global estão cada vez mais perceptíveis. As cidades e seu metabolismo são os grandes responsáveis pelo consumo de materiais, água e energia, causando crescentes impactos negativos ao meio natural. Muitos destes impactos são gerados pelo setor da construção civil, que consome 50% dos recursos mundiais, sendo assim uma das atividades menos sustentáveis do planeta. Desta forma, é natural que a sustentabilidade e a consciência ambiental assumam, cada vez mais, uma posição de importância neste cenário atual. É nítida a convicção de que algo tem que ser modificado e repensado. Assim, os arquitetos, engenheiros e designers desempenham um papel de grande responsabilidade, pois projetar de maneira sustentável envolve criar lugares saudáveis que atendam as necessidades sociais e sejam viáveis economicamente.

Esta questão será abordada dentro do âmbito da construção, arquitetura de interiores e design, mostrando técnicas, soluções e opções para amenizar estes impactos e, ao mesmo tempo, otimizar a qualidade da vivência do espaço por seus ocupantes.

A arquitetura, isoladamente, não consegue resolver os problemas ambientais do planeta, mas pode contribuir significantemente para criar espaços humanos sustentáveis.

2. OBJETIVOS:

Através do tema sustentabilidade pretendo divulgar e mostrar que se houver uma preocupação da sociedade em utilizar materiais ecologicamente corretos e soluções sustentáveis nos interiores de suas casas, é possível somar um resultado excelente ao meio ambiente, diminuindo consideravelmente os crescentes fatores impactantes sobre o mesmo.

Pretendo comprovar que a sustentabilidade não se restringe ao mercado da construção civil e que existem muitas maneiras de aplicá - la à arquitetura e ao design de interiores, além de demonstrar que a arquitetura pode ser bela, de boa qualidade, acessível e, ao mesmo tempo, menos agressiva ao meio ambiente e menos emissora de poluentes, contribuindo com a qualidade da atmosfera interior da edificação.

Logo, analisarei quais são os materiais e maneiras de aplicar as questões sustentáveis nos projetos de interiores e aspectos importantes que definem um projeto sustentável. Consecutivamente, será feita uma análise das vantagens geradas ao meio ambiente (da pequena até a longa escala), e também nas questões de viabilidade financeira, para serem colocadas em prática com maior facilidade.

3. JUSTIFICATIVA:

Este tema foi proposto pelo fato de que a consciência ecológica não é uma questão de moda e tendência , mas uma grande necessidade.

O consumismo e a cultura massiva utilizam produtos e materiais produzidos em larga escala, sem preocupação com o extrativismo exagerado e com os efeitos da industrialização. Se algo não for verdadeiramente pensado e colocado em pratica, é fácil visualizar que continuarão a produzir graves impactos negativos ao meio natural.

Um dos papéis da arquitetura é fazer entrarem em sintonia o meio externo e os espaços íntimos, permitindo que sejam feitos de maneira sustentável, e também, adaptados às necessidades práticas e estéticas dos usuários.

A vantagem em considerar as edificações e os espaços internos isoladamente, antes de considerar as grandes áreas urbanas, é de relativa simplicidade. Sendo assim, é muito mais fácil pensar em escala micro (edifícios e espaços internos) para gradualmente passarmos para a escala macro ( grandes centros urbanos).

4. METODOLOGIA:

A monografia terá um caráter investigativo, buscando as melhores soluções e melhores aplicações relacionadas ao tema sustentabilidade na arquitetura de interiores, design e construção civil.

Será realizado um levantamento de materiais e técnicas disponíveis no mercado, com o foco no menor impacto possível ao meio ambiente, visando uma noção ampla de como podem ser aplicadas. Além disso, também serão demonstradas algumas preocupações e estratégias sustentáveis foram utilizadas a partir de Le Corbusier.

Pretendo analisar os dados encontrados e mostrar de que forma eles podem ser utilizados para contribuir com a sustentabilidade . Estes dados, serão validados a partir da aplicação de algumas técnicas e materiais pesquisados em estudo de caso propositivo. Desta forma, será apresentado o projeto de reforma feito em antiga casa em Porto Alegre, da década de 1950, com 250m², na qual serão demonstrados de que forma os materiais e técnicas foram utilizados.

Esta pesquisa será ilustrada com imagens, plantas baixas e croquis, para que se torne mais fácil o entendimento para o leitor.

5. DESENVOLVIMENTO DO TEMA:

5.1 ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS NA ARQUITETURA DA ESCOLA CARIOCA E NA DÉCADA DE 1960.

Le Corbusier ,que foi um dos maiores arquitetos e promotores da arquitetura moderna no mundo, não deixaria passar em branco as considerações com as questões ambientais. Já demonstrou isso no seu Manual de l´habitacion, mencionando os problemas relacionados ao clima e comentando possíveis soluções.

Mesmo assim, contraditoriamente, com uma de suas mais famosas obras arquitetônicas, a Ville Savoye (1929) Corbusier foi alvo de grandes críticas devido à falta de conforto térmico no local.

Mais adiante, em 1945, no Brasil, foi finalizada a construção de MES ( Ministério de Educação e Saúde), que foi um marco inicial da utilização, em escala monumental, dos princípios compositivos corbusianos aliado a outras soluções projetuais estratégicas, como por exemplo o brise soleil, que resolveram a climatização interna do edifício. De acordo com Peixoto:

“O acerto do projeto do MES é uma arma fundamental na batalha para afirmação das novidades que estavam sendo lançadas ao publico.” Peixoto,Marta - Artigo da revista Arquitexto, p.126.

Assim, com o sucesso do prédio do MES, o uso de algum sistema de proteção de fachada tornou-se estratégia fundamental dos próximos projetos, deixando evidente a importância das soluções de projetuais para amenizar os efeitos climáticos na arquitetura. Porém, posteriormente, estes elementos passaram a ser muito explorados como recurso de composição e enriquecimento plástico do edifício, cedendo a questões somente formais deixando de lado o valor prático existente.

“ Em 1938, com o prédio do Ministério já em construção, ainda não havia em Nova York nenhum arranha céu com fachada envidraçada – a curtain wall ou mur rideu – surgiram todos depois.” ( Costa, Lucio - Registro de uma vivência, 1995. p. 122)

“O estilo é assumido como imagem de eficiência e atualidade.” (Peixoto, Marta - Artigo da revista Arquitexto, p.129.)

Anos depois, nas construções de Brasília, contraditoriamente as vertentes iniciadas no MES, as edificações projetadas por Oscar Niemeyer não demonstram preocupação com a insolação, formalizando as quatro fachadas totalmente envidraçadas. Atitude que demonstrou desinteresse pelas questões sustentáveis e ao mesmo tempo um excesso de confiança em uma tecnologia que ainda não era desenvolvida no Brasil.

É possível notar que houve uma preocupação em acertar nas questões ambientais na arquitetura moderna brasileira, gerando muitos projetos eficientes e bem sucedidos. Mas, vinte anos depois, o medo da repetição das técnicas e soluções gera um sentimento de ansiedade para mudança e novas invenções. Desta maneira, a arquitetura de Brasília, acontece como uma necessidade de transformação. Assim, os brises soleis desaparecem, resultando em projetos de fracassos no âmbito de conforto climático interno.

Por outro lado, também na década de 60, no Brasil, em paralelo à construção de Brasília, a arquitetura atenta as questões climáticas ganhava força devido ao movimento de migração de arquitetos por todo o país, incentivado pelo governo militar através dos planos de integração nacional. Com isso, os arquitetos atuavam em locais afastados dos grandes centros urbanos e desta forma, havia a necessidade de utilização de materiais e adaptação das condições locais a suas construções. Assim, se deparando muitas vezes com dificuldades, os arquitetos sentem cada vez mais a necessidade da busca de soluções diferentes e alternativas para resolver as condições de conforto térmico das construções. Este fato também contribuiu para desenvolver diferenças peculiares entre a arquitetura de cada região, conduzindo a um crescente processo de regionalização.

Um dos arquitetos mais importantes e atuantes neste movimento foi Severiano Mario Porto, que foi um dos pioneiros em divulgar novas idéias de projetar os espaços de acordo com o clima e valorizando questões fundamentais da arquitetura regional da região Amazônica. Morou e trabalhou 36 anos em Manaus, obtendo contato com o clima e com a cultura da sociedade local, o que agregou mais valor às suas construções.

Nas obras de Severiano, mostrou se presente a preocupação com a arquitetura bioclimática, numa forte interação entre a natureza e a construção. A inserção harmônica na paisagem e a adequação ao clima amazônico são características predominantes em seus projetos, visando sempre o conforto térmico dos espaços através de técnicas que reduzem o consumo de energia e a ventilação natural, que tornou se um dos pontos mais marcantes de suas obras.

5.2 A LINGUAGEM CONTEMPORANEA DA ARQUITETURA SUSTENTAVEL

Os conceitos fundamentais da linguagem da arquitetura contemporânea estão sendo gradualmente reestruturados devido as “correntes” ecológicas que influenciam em todos os aspectos da construção, desde a engenharia até o projeto dos espaços internos, além, claro, das especificações dos materiais utilizados.

O tema sustentabilidade vem influenciando abordagens de projeto na arquitetura contemporânea e conta com exemplos nas mais diversas condições urbanas e ambientais. Muitas das novas construções visam questões de conforto ambiental, como da água, fazem parte de uma nova estratégia arquitetônica, construindo uma geração de edifícios no mundo, pensados para responder ao máximo aos desafios ambientais e tecnológicos da sustentabilidade, sem renunciar a moderna tecnologia, valores formais e a criação de edificações que atendam as necessidades de seus usuários.

5.2.1 CONSIDERAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A CONSTRUÇÃO SUSTENTAVEL

É extremamente importante que o profissional tenha em mente que todas as soluções encontradas não são perfeitas, sendo apenas uma tentativa de busca em direção a uma arquitetura mais sustentável. Com o avanço tecnológico sempre surgirão novas soluções mais eficientes. ( Yeang, 1999)

CRITÉRIOS BASICOS:

· Análise do entorno e implantação

· Orientação solar adequada

· Eficiência enérgica com ênfase em fontes alternativas

· Forma arquitetônica que se adeque as condicionantes climáticas locais

· Adequar as fachadas a devidas proteções externas quando necessário

· Maior redução de resíduos possível

· Preocupação com a qualidade ambiental interna

· Aproveitamento da ventilação natural

· Uso adequado da vegetação

· Sistemas para uso racional de água e reuso

· Preferência pela escolha de materiais de baixo impacto ambiental. Atóxicos, recicláveis, reutilizáveis e de fontes locais

· Demonstrar que pode ser bela, funcional e sustentável

5.2 ASPECTOS GERAIS IMPORTANTES E MATERIAIS

5.3.1- NO AMBITO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Os arquitetos estão sendo cada vez mais pressionados para contribuir com a redução dos impactos ambientais negativos nos seus projetos. A crescente conscientização da situação ambiental está gerando uma sociedade mais exigente que almeja melhores desempenhos ambientais sem maiores custos adicionais.

A questão da escolha dos materiais é fundamental. Mas é preciso entender que nem sempre está relacionada diretamente com a questão dos materiais ecologicamente corretos, e sim com o desafio de escolher o melhor material para um determinado fim.

Atualmente, a maioria dos materiais utilizados exercem forte impacto ao meio ambiente, considerando desde as suas fases de extração, processamento, transporte, uso e eliminação.

Questões importantes que precisam ser levadas em conta para avaliar se o material / tecnologia é menos ou mais prejudicial ao meio ambiente:

· Consumo de energia e de água incorporados no processo construtivo;

· Se o processo é poluente (água, ar, terra e som);

· Se o processo gera resíduos;

· Se possui potencial de reuso e reciclagem;

· Se possui algum tipo de certificação ambiental;

5.3.2 ALGUNS MATERIAIS QUE PODEM SER APLICADOS NA CONSTRUÇÃO:

· O Aço:

Muitas vezes o aço costuma ser substituído pelo concreto devido a sua alta energia incorporada (20 vezes maior que a do concreto) e seu baixo desempenho em relação a capacidade térmica. Mas, o aço pode ser reciclado inúmeras vezes, possibilitando que essa energia incorporada seja explorada por futuras gerações. Outro fator conveniente é o fato do aço possuir uma capacidade estrutural superior a do concreto, sendo assim, proporcionalmente com o concreto, a quantidade de material utilizado é menor.

Para que sejam sustentáveis, as estruturas de aço devem ser projetadas com junções facilmente desmontáveis e aparafusadas em vez de soldadas e com dimensões padronizadas para garantir o reuso.

- Estrutura em Steel Frame: São perfis metálicos, interligados através de parafusos especiais autobrocantes, formam os painéis (paredes) que compõem um conjunto autoportante preparado para receber todos os esforços solicitados pela edificação. Este processo tem como característica a qualidade, rapidez, alto controle do processo produtivo e baixo custo, podendo ser aplicado em qualquer tipo de ambiente.

· Vedação das paredes com placas pré moldadas em Tetrapak: .

Este material alternativo se enquadra nos aspectos da questão ambiental por proporcionar um novo uso para toneladas de caixas Tetrapak, que antes tinham como destino os aterros sanitários e depósitos de entulho.Cada residência de 45m² construída deixa de enviar, em média, 5000 unidades de embalagens de Tetrapak do meio ambiente. As placas têm resistência mecânica para serem aplicadas em construções de pequeno porte, como vedação. A utilização do sistema modular de construção, traz melhor aproveitamento dos componentes construtivos, e ao mesmo tempo um projeto e uma produção com baixos níveis de perda e custos. Além disso,

este sistema construtivo ainda confere conforto ambiental para a residência, devido à resistência térmica que a película de alumínio da caixa tetrapak proporciona, pois diminui a passagem de calor por radiação e o bolsão de ar característico no interior da placa, diminui a passagem de calor por condução.

· Forro e vedação com Ecoplaca: São placas planas impermeáveis fabricadas com matérias primas que provêm de resíduos industriais selecionados de empresas do setor de embalagens. Produto 100% reciclado a partir de embalagens usadas e recolhidas por cooperativas de catadores, agregando valor social ao produto final. Em seu processo de transformação não gera nenhum tipo de poluente atmosférico. É extremamente resistente e pode ser reciclado outras vezes. A Ecoplaca é reciclada, possui dimensões de 2,20m X 1,10m, diversas espessuras, não agride a saúde de quem o produz ou manipula e tem custo acessível.

· Acessórios e ferragens em aço inoxidável : O aço inox tem desvantagens porque há muita energia incorporada na sua produção e o preço é um pouco mais elevado em relação aos acessórios cromados. Por outro lado, tem as vantagens de ser um material durável, atóxico e 100% reciclável. É composto basicamente por uma liga de ferro e cromo que apresenta propriedades físico-químicas superiores aos aços comuns, sendo a alta resistência a oxidação atmosférica as suas principais características. É a melhor opção para substituir o cromado, pois estes não possuem qualquer possibilidade de reuso e geram um dos mais perigosos resí­duos tóx­i­cos, além de lib­erarem fuligem, que pode com­pro­m­eter a saúde dos trabalhadores.

· Tijolos de solo-cimento: O aproveitamento dos resíduos de concreto da

construção e demolição, são aproveitados na confecção de tijolos prensados de solo-cimento. Os equipamentos utilizados para sua confecção são simples e de baixo custo, possibilitando operação no próprio canteiro, reduzindo os custos de transporte e mão de obra. Este tijolo, não passa pelo processo de queima, no qual se consomem grandes quantidades de madeira ou de óleo combustível, como é o caso dos tijolos produzidos em cerâmicas e olarias. Desta forma, este tipo de tijolo evita o desmatamento e o desperdício de materiais, colaborando com o meio ambiente.

· Telhas e placas Ecotop: Esta técnica utiliza como matéria prima o resíduo da fabricação de tubo de creme dental (material de difícil degradação na natureza), composto por 25% de alumínio e 75% de plástico. São produtos 100% reciclados que contribuem para a redução da disposição dos resíduos industriais em aterros, dando a eles um fim ambientalmente correto, além de seus processos de fabricação não gerarem nenhum tipo de efluentes ou poluentes atmosféricos.

As telhas Ecotop têm grande durabilidade e apresentam ótima isolação térmica, pois reduzem o calor do ambiente em até 30% em relação as telhas de fibrocimento.

As placas Ecotop apresentam grande vantagem quando comparadas às madeiras e aglomerados utilizados na construção civil, já que possuem maior durabilidade e podem ser reutilizadas diversas vezes sem perder suas funções e qualidades, gerando economia além do benefício ambiental. São produzidas em 3 espessuras (6,8 e 10 mm) e possuem ótima versatilidade e grande durabilidade.

· Tratamento do esgoto: Este tratamento pode ser feito através de um biodigestor, composto por um grande recipiente fechado dentro, do qual os microorganismos se encarregam de provocar a decomposição anaeróbica dos restos de matéria orgânica. O esgoto é coletado e passa por um filtro anaeróbio de altíssima eficiência, aprovado nos mais rígidos testes de controle de qualidade final. A eliminação de esgoto em fossas comuns é um perigo não só para as pessoas como também para o meio ambiente, desta forma, o biodigestor é uma solução mais eficiente e segura para o tratamento de efluentes. O seu uso gera muitas vantagens econômicas e ambientais, pois além de limpar a água, aproveitam os dejetos para geração de biogás, que pode ser usado para iluminar ou cozinhar. Seus biodigestores podem ser instalados desde para uma pequena casa, até para grandes condomínios.

· Aquecimento solar: O sistema de aquecimento solar é um dos mais promissores em relação as questões sustentáveis, com enormes vantagens socioeconômicas e ambientais. A energia do sol é limpa, não poluente, confiável, racional, que não requer manutenção e não consome nenhum combustível. Assim, o aproveitamento térmico para aquecimento de fluidos é feito com o uso de coletores ou concentradores solares. A radiação solar é absorvida por coletores solares, principalmente para aquecimento de água. Este sistema pode ser aplicado em edificações residenciais e comerciais para o aquecimento da água utilizada. A placa coletora é instalada normalmente no teto das edificações, posicionada orientação de maior incidência solar.

O aquecimento solar proporciona uma enorme redução no consumo de energia, possibilitando a recuperação do investimento inicial em até 18 meses.

· Energia Solar Fotovoltaica: Esta tecnologia faz a conversão direta da energia solar em energia elétrica, gerando uma fonte de energia renovável. Este sistema é composto por três elementos importantes: os módulos fotovoltaicos, os controladores de carga e as baterias. No Brasil, onde somos privilegiados pelo Sol, esta tecnologia tem facilidade de funcionamento. Atualmente o custo desta tecnologia é um desafio para a indústria e o principal obstáculo para a difusão dos sistemas fotovoltaicos em larga escala.

· Aproveitamento da água da chuva: Em geral, em torno de 40% da água que utilizamos, é perdida. Para amenizar este desperdício, é possível aplicar alternativas viáveis e recompensadoras. Uma delas é instalar uma rede separada de aproveitamento da água de chuva, que embora não seja totalmente potável, pode abastecer as bacias sanitárias, torneiras de jardim, áreas externas, máquina de lavar roupas e tanque, sendo necessário a utilização da rede de água potável, somente nas pias e chuveiros

Desta forma, antes da instalação do sistema é feito um estudo dos índices pluviométricos da região, assim é possível dimensionar o tamanho do reservatório. Em seguida, é preciso construir um sistema para captação da água, filtragem e armazenamento. A captação é feita através da instalação de um conjunto de calhas no telhado, que direcionam a água para um reservatório, onde ela será armazenada. Junto a esse reservatório, é necessário instalar um filtro para retirada das impurezas ( folhas e outros detritos) e uma bomba, para levar o líquido até a caixa d'água elevada separada da caixa de água potável.

No entanto, para aplicar este sistema, é preciso alterar as tubulações já existentes e construir um sistema paralelo ao da água potável. Uma solução mais fácil para as construções que já possuem o abastecimento de água tradicional seria a aplicação deste sistema somente para fornecer água para o jardim e áreas externas, já que criar uma rede paralela de água separadamente, pode gerar mais custos e transtornos de obra.

· Tinta: São tintas formuladas com matérias-primas naturais, sem componentes sintéticos ou insumos derivados de petróleo, livres de compostos orgânicos voláteis (COVs), que são um dos principais problemas das tintas à base de derivados de petróleo . Muitas empresas aproveitam-se por terem um produto à base de água para caracterizá-lo como ecológico, mas nestes produtos à base de água podem ser encontradas substâncias químicas prejudiciais ao meio ambiente. Optar por tintas à base de água sempre será a opção menos tóxica do que uma à base de solventes, mas nem por isso ela é ecológica. O ideal é preferir sempre o produto de menor impacto sobre o meio ambiente e a saúde, que são os produtos à livres de COVs e os à base de água.

· Película para controle solar e privacidade: São películas adesivas aplicadas nos vidros, para melhorar o conforto térmico dos ambientes. Assim, é possível rejeitar até 80% da energia solar incidente e bloquear quase totalmente os raios ultravioleta, minimizando o calor e o desbotamento de objetos expostos ao excesso de luminosidade. Outro aspecto importante é o aumento da segurança, por dificultar a visão para interior dos ambientes.

· Vidros autolimpantes: O vidro não é um material biodegradável, mas é 100% reciclável, mesmo quando espelhado ou metalizado, que pode ser reutilizado infinitamente sem perda de qualidade ou da pureza do produto.

O vidro autolimpante é fabricado pela deposição de uma camada transparente de material mineral fotocatalítico e hidrofílico sobre a chapa de vidro incolor, formando uma camada de longa duração. Desta forma, aproveita-se da força dos raios UV e da água da chuva para combater de forma eficiente a sujeira e os resíduos que se acumulam no exterior da janela. A função autolimpante é ativada dias após a primeira exposição à luz solar. Além disso, ele tem a qualidade de ser regenerativo, pois, ao receber a água da chuva, toda a sujeira é removida, liberando a camada química para novas utilizações, deixando a visão sempre nítida. A transparência e o aspecto visual são idênticos aos de outros vidros, assim como as características térmicas, mecânicas e acústicas.

A aplicação do produto é indicada para fachadas e coberturas, em espaços onde há incidência de raios solares. Locais com difícil acesso para limpeza também são indicados para receber o produto, desde que esteja exposto à água da chuva.

A maior vantagem do produto é a redução na frequência da limpeza dos vidros, reduzindo drasticamente o consumo de água e o uso de produtos de limpeza, colaborando com o meio ambiente. Atualmente, o custo do produto é cerca de 40% superior ao do vidro convencional.

· Instalação de tubos PPR para as instalações hidráulicas: a resina PPR (polipropileno copolímero random tipo3) utiliza o método de termofusão para garantir juntas perfeitas. Composto de material atóxico e reciclável, Amanco PPR é resistente, possui baixa perda de carga, suporta maiores temperaturas, não requer isolamento térmico, e está livre de corrosão e incrustações. Com instalação prática e segura, o produto oferece maior flexibilidade, isolamento acústico e produtividade.

5.3.3 NO AMBITO DA ARQUITETURA E DESIGN DE INTERIORES.

A meta para reduzir o impacto ambiental e as emissões de dióxido de carbono (CO2) através das soluções de projeto não se resume as medidas relacionadas a construção civil. Existem diversas estratégias projetuais e materiais que podem ser aplicados nos espaços internos, que em um somatório geral implicam num resultado muito positivo.

Os ecoprodutos ou materiais ecológicos são todos os produtos de origem artesanal ou industrializada, mas que não sejam agressivos e poluentes ao meio ambiente e a saúde dos seres vivos, contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Ao dar preferência aos produtos ecologicamente corretos e sistemas que aproveitem melhor os recursos naturais, as pessoas estão contribuindo para a aplicação do conceito sustentabilidade.

5.3.4 O ECODESIGN

A partir da revolução industrial, o desenvolvimento dos produtos passou a ser feito por várias pessoas, diferente dá época em que os artesãos eram responsáveis por todas as etapas da produção dos produtos. Com isso, foi necessário gerar uma padronização dos produtos, para que cada pessoa envolvida em sua fabricação pudesse saber exatamente o seu papel, surgindo consequentemente o conceito de projeto, e logo em seguida, com o desenvolvimento do projeto, surge o conceito de design. No design, são considerados muitos aspectos, como ergonômicos, tecnológicos, ambientais, sociais, econômicos e estéticos. O conceito design atua em diversos seguimentos, como moda, industria gráfica e outros serviços e podendo se relacionar com o meio ambiente no conceito de ECODESIGN.

Resumidamente, o ecodesign é responsável pela criação, desenvolvimento e implantação dos produtos visando a maior otimização possível dos recursos disponíveis, a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade ao ser humano.


O ecodesign pode ser usado de uma maneira que permita agregar valor aos produtos industrializados, levando os designers ao desafio de descobrirem novas formas de aproveitamento e utilização dos materiais, procurando novas possibilidades e destacando – se no mercado.

Através do design ambiental, existe uma fonte de reduzir o impacto causado pela alta produção em escala industrial sobre o meio ambiente, utilizando materiais alternativos e visando não desperdiçar. O uso de matérias primas naturais e renováveis, o reaproveitamento e a reciclagem de matérias primas sintéticas por processos tecnológicos limpos, são de primordial importância para um produto ser considerado ecologicamente correto. Além disso, deve se considerar que é necessário analisar o ciclo de utilização do produto que está sendo projetado, para que assim sejam escolhidas as técnicas e materiais mais viáveis, tanto economicamente como ambientalmente.

5.3.5 ALGUNS MATERIAIS E TÉCNICAS QUE PODEM SER APLICADOS NA ARQUITETURA DE INTERIORES:

· Tipos de madeiras para produção de móveis e revestimento de superfícies:

- Madeiras de demolição: São as madeiras nobres de lei, muitas vezes em extinção, provenientes de construções antigas. Com a utilização destas madeiras e o reaproveitamento de materiais já existentes, diminuem a demanda das madeiras novas, colaborando com o meio ambiente.

- Madeira de redescobrimento: Termo usado para classificar madeiras oriundas de árvores caídas, demolição, desperdício urbano, entre outras. O principal objetivo é redescobrir, transformar e dar vida útil à matéria-prima descartada.

- Bambu: É considerado uma gramínea e cresce mais rápido que uma árvore. Em 4 ou 5 anos ele já está pronto para a colheita, enquanto uma árvore demora décadas. O bambu é auto suficiente, reproduz- se anualmente, pode ser cultivada em solos ruins e oferece diversidade ecológica como um recurso sustentável. É composto basicamente por longas fibras vegetais e é muito resistente. É um material altamente renovável que pode substituir o uso da madeira, impedindo o corte de árvores essenciais ao equilíbrio natural.

- Madeira Teca ( Tecnona Grandis) : Com certificação florestal, a madeira Teca é uma árvore de florestas tropicais do sudoeste asiático, proveniente de florestas de manejo sustentável. É muito resistente ao ataque de pragas, com muita qualidade e durabilidade, apresentando bastante resistência.

- Madeira plástica: É um produto novo , ecologicamente correto, fabricado a partir da transformação de matérias primas reaproveitáveis, naturais ou não, e de materiais recicláveis, com resíduos de diversos tipos de plásticos e fibras vegetais. A utilização das fibras vegetais se dará de acordo com a disponibilidade local das mesmas. Desse processo resultam peças que podem imitar e/ou substituir a madeira natural com vantagens. Pode substituir a madeira natural na construção de decks, piers, móveis de jardim e piscina, cercas, pallets industriais, quiosques e outras peças que demandem um material prático, de alta resistência e que dispense manutenção. Sua utilização é especialmente vantajosa em ambientes hostis à madeira natural,como locais úmidos ou com excessiva exposição ao sol.

- Madeira Tamburato: É um material certificado sustentável, composto por uma painel estrutural com duas camadas externas de partículas finas de madeira prensada, e no seu miolo contem uma colméia de papel reciclado. É ideal para confecção de móveis robustos que exigem espessuras grossas, porém é um material leve e ótimo desempenho.

- Madeira Pinus de reflorestamento tratada em autoclave: É a pioneira entre as madeiras de reflorestamento usadas, pois possuem um ciclo curto, podendo colher as árvores a partir 10 anos do plantio. A madeira Pinus, após selecionada e beneficiadas, sofre um processo de tratamento em Autoclave seguindo padrões internacionais de qualidade, com conservante CCA (Cobre, Cromo e Arsênio) , de ação biológica, que penetram nas camadas permeáveis da madeira. Este processo, proporciona à madeira resistência e imunidade a danos biológicos causados pela ação de brocas, cupins, fungos, água e apodrecimento pela ação do tempo, sem causar danos ao meio ambiente, animais e pessoas.

· Pisos:

- Piso de pvc reciclado: Oferece materiais e soluções que minimizam custos de manutenção e visam a preservação de um ambiente sustentável. Feito de 67% de PVC reciclado pós-consumo, o revestimento simula madeira com fidelidade e atende tanto as características estéticas, quanto o respeito ao meio ambiente, com vantagens de não riscar e não reproduzir barulho ao andar. Com 3mm de espessura, pode ser instalado em cima de pisos existentes, colaborando pra amenizar os resíduos de demolição.

- Resina Ecopiso: É um produto liquido de base vegetal, atóxico e com excelente desempenho. É elaborado com mais de 70% de matérias primas naturais renováveis. Pode ser utilizado para revestimento e proteção de pisos como cerâmica, concreto, pedras, mármores, granitos, tijolos, pisos de madeira e assoalhos em geral, formando, depois de aplicada, uma película de alta resistência ao tráfego. Pode ter acabamento transparente ou brilhante, não possui cheiro, facilita a limpeza e demora em torno de 3 horas para secar após a aplicação.

- Piso tecnocimento: O Tecnocimento tem uma fácil aplicação, pois não há necessidade de remoção dos pisos pré-existentes, como: cerâmicas, placas de cimento, mármores, pastilhas e etc. isto é, pode ser aplicado por cima dos mesmos, evitando os transtornos e resíduos habituais de reformas. Pode ser aplicado com uma espessura de 2 mm, como uma massa corrida, podendo ser utilizado em pisos, paredes, escadas, bancadas e até mesmo no teto, devido a sua alta adesão às superfícies.

- Piso drenante: É composto por cimento reciclado, fibras naturais e agregados minerais, possuindo uma ótima capacidade drenante, gerando flexibilidade nas áreas que necessitam de permeabilidade e colaborando no controle de chuvas nas áreas urbanas.

· Iluminação:

- luminárias LED: Tecnologia que pode substituir a iluminação convencional com várias vantagens, como a redução do consumo de energia, pois gera uma economia que varia de 50 a 80% em relação a iluminação convencional. Além disso, essa tecnologia tem uma durabilidade muito superior, podendo ter uma duração de 15 anos sem manutenção. Seu raio luminoso é livre de UV e não gera calor. Filtros com cores podem ser aplicados para suavizar a cor branca dos Leds.

- Lâmpadas fluorescentes: Estas lâmpadas compactas podem substituir as incandescentes comuns, pois possuem um consumo menor e uma vida útil maior, economizando energia. A utilização destas lâmpadas representa uma redução da exploração dos recursos naturais, pois quanto menor o consumo de energia, menor será a necessidade de novas usinas para produzi-la.

- Fibra ótica: Sistema de baixo consumo elétrico, uma vez que uma única lâmpada pode iluminar diversos cabos, além de quase não necessitar de manutenção., representando uma grande economia e somando na preservação do meio ambiente. É extremamente durável, durando em média de 15 a 20 anos exposta ao tempo.

A fibra ótica, assim como os Led, não transmite bem os raios infravermelho e ultravioleta (UV), também não aquecendo o ambiente. Os índices de reprodução de cor alcançados com a fibra ótica são sempre muito elevados, oferecendo uma iluminação de qualidade e atendendo a exigências específicas de muitos projeto.

Há também grande flexibilidade na utilização, proporcionando diversas possibilidades de aplicações. Não há transmissão de energia elétrica através dos cabos de fibra ótica, o que garante aplicações seguras até mesmo embaixo d’água.

É um sistema ecologicamente correto, pois, na fabricação dos produtos de fibra ótica, praticamente não há geração de resíduos, e o pouco lixo criado é reciclável.

- Sensores de presença e automação: O sensor de presença é um equipamento eletrônico capaz de identificar a presença de pessoas dentro do seu raio de ação e acender a lâmpada do ambiente. Depois de um tempo, que pode ser determinado por cada pessoa, a lâmpada se apaga, evitando gastos desnecessários de energia.

· Pastilhas ecológicas: São pastilhas de vidro feitas a partir de lâmpadas fluorescentes descartadas. Com a utilização das lâmpadas na produção, a temperatura de queima do produto reduz em média 15% e consequentemente a emissão de gases poluentes, eliminando o descarte do vidro das lâmpadas, que levaria em média 200 anos para ser absorvido pela natureza, e evitando que o mercúrio que elas têm na parte interna contamine o solo. Além disso, através das cinzas obtidas na queima de madeira por olarias e outros fabricantes de cerâmica, é possível fabricar o esmalte que reveste as pastilhas, também contribuindo com o planeta.

· Bancadas e revestimentos com Corian: É um material maciço, composto por 70% de mineral natural, 30% de acrílico de alta qualidade e certificado pelo Scientific Certification Systems. É fabricado de acordo com processos industriais mais responsáveis, com tecnologia avançada e rígidos padrões de qualidade que permitem reduzir o consumo de energia e geração de resíduos. Outra característica que faz deste material uma escolha sustentável é o seu maior ciclo de vida útil, sendo muito durável, facilmente reparado, reaproveitado ou renovado. Além disso, sua utilização evita a extração de recursos naturais como mármores e granitos. É um material sólido, não poroso, homogênio e não arranha facilmente.

· Tecidos:

- Tecidos compostos 100% de fibras naturais podem ser utilizados em áreas internas e externas, como por exemplo a lona de caminhão reciclada.

- Tecidos feitos com o mais nobre algodão em tear manual. Possuem um toque macio e sofisticado, e podem ser utilizados em diferentes projetos, como revestimento de parede, de sofá, cortinas, acessórios, etc. A cor do tecido é crua e são compostos 100% por algodão.

- Tecidos GreenScreen que ajudam na proteção solar, livres de substâncias nocivas à saúde, e reduzem a entrada de calor e evitam a luminosidade excessiva. São mais seguros, pois, em caso de incêndio, não há emissão de fumaça densa nem grandes quantidades de gases nocivos ao sistema respiratório. Podem ser aplicados em cortinas e persianas em geral, permitindo a iluminação natural e a criação de ambientes com conforto térmico e visual.

- Tecidos criados a partir do reaproveitamento de garrafas plásticas recicladas, e confeccionados 100% com fio PET em tear manual.

- Almofadas e estofados de Biofuton são confeccionadas com matérias-primas de caráter renovável, elaborados com enchimento natural de algodão orgânico e látex revestido com tecidos sustentáveis feitos à mão. Não são utilizados como recurso a espuma ou acrilon, contendo apenas algodão, látex e outras fibras naturais.


- Tecidos de fibra de bambu são feitos manualmente com fios da fibra do bambu junto com o algodão. Possuem maior resistência aos raios UV e bactérias em geral.

· Revestimentos com Ecopaper: São feitos de resina Pet reciclada e podem substituir os papeis de parede tradicionais. São de fácil instalação e limpeza, além de possibilitar flexiblidade na escolha das estampas, que permitem personalização. O ecopaper é fabricado exatamente do tamanho necessário, sem gerar resíduos extras, além de ser impermeável, não absorvendo umidade.

· Caixa acoplada com fluxo duplo : O banheiro é o lugar da casa onde ocorre mais desperdício de água. Banhos demorados demais, torneira aberta sem necessidade e principalmente descarga desregulada ou bacias antigas são grandes responsáveis pelo desperdício da água e caracterizam em média 72% o consumo de água de uma casa inteira. Hoje, existem bacias sanitárias com o sistema de duplo acionamento permitem a escolha do fluxo de água adequado. Enquanto as bacias antigas consumem 18 litros de água em cada acionamento, este sistema permite escolher entre 3 e 6 litros, proporcionando economia de água superior a 60%.

· Torneiras com temporizadores: São os metais com sensores econômicos que ligam automaticamente somente quando a utilização é necessária, proporcionando uma economia no consumo de água e ajudando a despertar as pessoas para um consumo mais racional. Com esta simples especificação de projeto é possível racionar gastos desnecessários de água, além de contribuir com uma atitude ecologicamente correta e responsável.

· Eletrodomésticos com menor consumo de energia: Através do selo Procel, que foi desenvolvido e concedido pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, é possível saber quais os produtos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética dentro de cada categoria, proporcionando assim economia de energia elétrica. Também estimula a fabricação e a comercialização de produtos mais eficientes, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico e a preservação do meio ambiente.

· Lareiras a Bioetanol: Estas lareiras não necessitam de chaminé ou qualquer sistema de ventilação. Funcionam com bioétanol, uma energia renovável 100% natural de origem biológica e agrícola (beterraba, cana de açucar) destilado finamento, só libertam vapor de água e gás carbónico (equivale a 3 velas de cera), sendo este totalmente inofensivo, não necessita de qualquer conduta de exaustão, não libera odores, fumaças nem cinzas. É um Sistema eficiente que ao mesmo tempo contribui com um ambiente mais saudável.

· Móveis antigos: Usar móveis antigos na arquitetura de interiores é uma atitude sustentável, reaproveitando o produto que já existe, e ao mesmo tempo agregando valor aos ambientes contemporâneos, fazendo um interessante contraponto entre diferentes épocas.

5.4 - PAISAGEM SUSTENTÁVEL

Com o crescimento das atividades humanas nas cidades, grande numero de veículos, adensamento das edificações, diminuição gradativa das áreas verdes verticalização das construções e predominância das ruas e avenidas cobertas por asfaltos e concretos, as condições originais do solo urbano foram muito modificadas.

A mudança da biosfera com o aquecimento global e suas conseqüências catastróficas faz com que nos rendamos à evidencia e reconheçamos o componente natural como base para a construção do território, necessário para o encontro entre o projeto natural e o artificial. Juan José Mascaro, Ambiência Urbana p.167.

Na crise ambiental atual, no alto aquecimento global, muito Co2 emitido pelo planeta, as chuvas tornaram-se mais intensas, irregulares e concentradas. Cada vez mais o projeto paisagístico tem o importante papel de prever a absorção destas chuvas, reduzindo a pressão sobre os sistemas de drenagem e fluviais, já sobrecarregados. Também é fundamental que os projetistas compreendam a importância do plantio de árvores, para amenizar os efeitos da enorme quantidade de dióxido de carbono (CO2) emitido pelo planeta.

A vegetação contribui para obter se uma ambiência urbana agradável, proporcionando sombra e melhores condições de temperatura no verão, amenizando a ação dos ventos e chuva, diminuição da poluição do ar e ao mesmo tempo contribui como um belo elemento compositivo nos projetos.

Para uma paisagem ser considerada sustentável, é preciso ser auto-suficiente. Assim, fica estabelecido que a planta possa se desenvolver e vegetar por si. Então, para um projeto paisagístico sustentável, é necessário seguir algumas importantes diretrizes:

· PROTEGER o solo existente e as plantas adultas;

· PRESEVAR plantas nativas e que se encontrem em seu habitat;

· MINIMIZAR a utilização da água para a manutenção das plantas;

· ELIMINAR a utilização de plasticidas e poluentes;

Nos projetos, é interessante que o tipo de vegetação escolhida seja adequada para cada ambiente, preferencialmente escolhendo plantas que possam receber água de maneira mais eficiente, sendo menos dependente das regas e suplementos freqüentes para sua sobrevivência. Nos projetos de interiores, estes critérios também devem ser preservados. Há plantas ornamentais resistentes e apropriadas, capazes de suportar muitas variações de temperatura, adequando se facilmente em muitos locais e exigindo menos manutenção.

5.4.1 – COMPOSTEIRA

O usual envio dos resíduos do dia a dia para aterros sanitários é a maneira mais pratica, mas está distante de ser a melhor alternativa ambiental.

Através da compostagem, é possível que cada pessoa possa reciclar o seu lixo orgânico, e transforma- lo em um ótimo adubo para as plantas. É uma das melhores soluções para amenizar e eliminar os resíduos orgânicos, e ao mesmo tempo, não contaminar o meio ambiente.

Esta técnica consiste na coleta do lixo orgânico, como cascas, restos de alimentos folhas secas, que após um período médio de 1 mês, através de um processo biológico, se transformam em húmus e podem ser utilizados como adubo de jardins. Desta forma, o solo fica mais fértil aumentando sua capacidade de retenção da água e nutrientes, aumentando também o aproveitamento de fertilizantes minerais aplicados.

O uso de composteiras é indicado para quintais, varandas de apartamentos ou mesmo garagens, pois ocupam uma superfície pequena. Mas é importante que ela permita circulação de ar.

5.4.2 - TERRAÇO JARDIM e TELHADO VERDE




O terraço jardim, um dos cinco pontos da nova arquitetura feitos em 1926 pelo arquiteto Le Corbusier, idéia que veio para substituir os telhados tradicionais, transformando as coberturas em terraços habitáveis e com vegetação, para melhor aproveitamento da área construida. Esta nova proposta de cobertura, de jardins suspensos, hoje são verdadeira contribuição para a natureza, podendo gerar ótimo conforto térmico nas edificações.

O telhado verde pode ser habitável ou simplesmente com valores de conforto térmico, podendo ser colocado e adaptado a telhados tradicionais já existentes. Além de ser um sistema de fácil instalação. O telhado verde ou jardim do teto tem vida própria, devido ao sol, das chuvas, dos ventos e dos pássaros portadores de sementes. Ou seja, é um sistema isotérmico e não exige manutenção.

Alguns dos benefícios utilizando esse sistema:

· Melhora das condições termo- acústicas. Isolante de frio e de calor.

· Purificação da atmosfera em torno da edificação;

· Mantém a umidade relativa do ar constante;

· Ajuda no combate ao efeito estufa;

· Melhoria da qualidade do ar na cidade devido à capacidade das plantas e árvores para absorver as emissões de CO2.

· Contribui com a absorção das chuvas, devido ao aumento das áreas permeáveis.

5.5 CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS

Atualmente os Estados Unidos, Canadá, Japão, Hong Kong, Austrália e praticamente todos os países da Europa, possuem um sistema de avaliação de conduta ambiental do edifícios. No Brasil, a certificação ambiental e social mais difundida é a certificação LEED, do Conselho Norte Americano de Prédios Verdes. Mas em 2008 teve o lançamento da certificação AQUA, que foi adaptada para atender as características ambientais do nosso país.

5.5.1 LEED

A certificação LEED (Leadership in Energy and Evironmental Design), certificação para edifícios sustentáveis residenciais e comerciais é concedida pelo Conselho de Greenbuilding ("Construção Verde") dos Estados Unidos.

A certificação LEED é concedida a edifícios de alta performance ambiental e energética, mas não contempla uma análise dos aspectos sociais. Pelo sistema LEED 2009, atualmente usado, é necessária a obtenção de um mínimo de 40 pontos (de um máximo de 110 pontos), além do atendimento dos chamados pré-requisitos, que são obrigatórios e variam dependendo da tipologia da edificação.

Entre as várias tipologias desenvolvidas para a aplicação do LEED, uma delas é para interiores comerciais, que foi desenvolvida para garantir a alta performance dos interiores em termos de ambiente saudável, locais de trabalho produtivos, baixo custo de manutenção e operação e redução do impacto ambiental. Oferece aos arquitetos de interiores, designers, a possibilidade de criar ambientes sustentáveis, independente do restante da edificação.

5.5.2 AQUA

O processo de certificação AQUA (Alta Qualidade Ambiental) foi desenvolvido para atender as questões do Brasil, se baseando nos desempenhos de construção ecológica, gestão ecológica e conforto das construções, visando obter a qualidade ambiental de uma nova construção ou reforma e permitindo fixar os objetivos ambientais.

Os itens que as construções devem seguir:

· Relação do edifício com seu entorno;

· Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos;

· Canteiro de obras com baixo impacto ambiental;

· Gestão da energia, da água e dos resíduos de uso;

· Manutenção e permanência do desempenho ambiental;

· Conforto térmico, acústico, visual e oftativo;

· Qualidade sanitária;

5.6 PROPOSTA DE REFORMA SUSTENTÁVEL

Com o intuito de validar e dar realidade aos estudos apresentados anteriormente, apresento a seguir o trabalho que desenvolvi em uma antiga casa, de 200m², do ano de 1955, na Rua Quintino Bocaiúva, 275, em Porto Alegre. O imóvel, que foi projetado com ambientes bem divididos, não possui a flexibilidade de espaços que a maioria das pessoas almeja atualmente.

Os proprietários são um casal, designer e artista plástica, que desejam uma intervenção que deixe o espaço mais funcional, menos fragmentado e que ao mesmo tempo tenha todas as preocupações e soluções sustentáveis possíveis , e que atenda melhor ao atual estilo de vida deles.

É importante salientar que o simples fato de aproveitar o antigo imóvel e adapta-lo de maneira mais ecológica, com a atitude de preservar algo existente, gerando menos quantidade de resíduos e diminuindo a necessidade de confecção de materiais novos, já se está colaborando com o meio ambiente.

Após analisar bem todas as atuais características da casa, da estrutura existente, do terreno, do clima, da insolação, vegetação e relação custo/beneficio, foram aplicadas algumas soluções e materiais pesquisados nesta monografia. Desta forma pode se ter uma ampla visão da larga capacidade de utilização em projetos reais de diversas soluções eco-sustentáveis.

6.CONCLUSÕES

Através desta monografia pode-se concluir que as ações mais importantes para colaborar com o meio ambiente não se resumem somente ao uso de materiais ecológicos e técnicas pouco invasivas, até porque muito já está se fazendo nestas áreas. Fornecedores nacionais e internacionais estão focados cada vez mais em criar produtos e processos menos agressivos a natureza e ao meio ambiente, apresentando um leque enorme de alternativas de materiais sustentáveis. O mais importante é o consumidor e os profissionais das áreas de arquitetura, design, decoração, construção civil, tomarem consciência da necessidade de substituir materiais nocivos ao equilíbrio dos diversos ecossistemas, seja em sua produção ou uso, por outros de menor impacto.

Para formular a conclusão deste trabalho, foi de grande importância ter sido nele incluído o projeto real de reforma de um imóvel, aplicando o uso dos materiais, equipamentos e processos sustentáveis pesquisados durante sua elaboração. Este projeto permitiu, de forma enfática, que se possa dizer que os resultados alcançados, estética e tecnicamente, podem ser tão bons ou até melhores do que com a utilização dos materiais e processos tradicionais.

O desenvolvimento do projeto sustentável apresentado neste trabalho aplicou todos os quesitos pesquisados e que hoje permitem desenvolver uma arquitetura de interiores totalmente comprometida com a natureza.

O projeto respeitou a determinação e a vontade dos clientes com relação às condições da edificação existente, clima, solo, vegetação e materiais disponíveis na região, além, é claro, da relação custo/benefício. Ajustadas as ações, foi possível chegar ao resultado da reforma sustentável, sem perder o foco no desejo dos proprietários, mas seguindo o caminho de oferecer ações que minimamente atingissem o meio ambiente.

Ações definidas na forma de captação de energia solar, reutilização da água da chuva, telhados ecológicos, ventilação controlada, pisos e materiais reciclados, lareiras com aquecimento a bioetanol, móveis renovados, madeira plástica, entre tantas outras, permitiu que o projeto, de forma efetiva, abrangesse todos os quesitos pesquisados e apresentados no trabalho.

Este trabalho procurou demonstrar que todas as condições técnicas estão disponíveis para que os profissionais de arquitetura de interiores possam criar seus projetos sem perder qualidade estética e com condições plenas de atuação.

Por outro lado, o quesito custo/beneficio dos materiais sustentáveis está cada vez mais próximo de um equilíbrio no demonstrativo de custos de uma obra. Em pouco tempo, com a ampliação do uso destes materiais, o aumento de produção dos fabricantes permitirá equilibrar custos e nivelá-los com os produtos tradicionais. Em alguns casos, como o aquecimento da água através da energia solar, por exemplo, o equipamento pode ter um custo de implantação alto, mas que retorna com grandes benefícios a médio prazo, não só sob o aspecto ecológico, mas de economia efetiva.

Todavia, os consumidores, a mídia, os arquitetos, engenheiros, designers, empresas e governo precisam incentivar as mudanças de paradigmas e direcionar todas as ações favorecendo a natureza, pois somente assim, com uma conscientização em massa e a união dos pensamentos de todas estas áreas, poderá ser possível atingir um resultado significativo na proteção ao ecossistema.

Finalmente, como foi demonstrado neste trabalho, fica claro que as possibilidades de projetar e especificar elementos sustentáveis não só são viáveis, estética e tecnicamente, mas também podem oferecer ao consumidor um valor emocional agregado imensurável, através da singela noção de saber que sua própria moradia tem um papel de coadjuvante a favor do planeta e de uma sociedade melhor.


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